Um dos assuntos que
mais me intrigam – ouso dizer: um dos assuntos que mais intrigam a humanidade é
se Deus existe ou não; se sua existência pode ser provada ou evidenciada de
maneira racional e lógica, ou mesmo, o que é Deus! Debates acerca de Deus vem
acontecendo desde que essa ideia surgiu no intelecto humano.
Houve épocas em que os
debates eram mais calorosos, mas acirrados. Onde se criavam verdadeiros
argumentos. Onde a crença em Deus não era algo banal, onde não se pensava: “Eu
acredito em Deus porque ele tem que existir, porque sua existência é auto
evidente!” Mas com o advento da “pós-modernidade”, esse assunto ficou meio de
escanteio. Virou moda todo mundo ser ateu, cético, agnóstico, mesmo que sequer
entendam o que isso significa. Dizer que Deus não existe é chique nas rodas
intelectuais. Chique e fácil: qualquer um pode ser ateu! Assim, como qualquer
um pode ser um crente passivo! A fé, a crença, a ausência de fé, Deus, são
assuntos que não se discutem mais: ou você acredita, ou, você não acredita! –
simples!!! Simples e simplista.
Contudo, como disse o
filósofo Quentin Smith: “Deus não está morto na academia. Ele esta vivo e passa
muito bem em sua última fortaleza acadêmica: os departamentos de filosofia.”
Isso mesmo: a academia ressuscitou Deus. E a discussão sobre Deus não é assunto
para ser debatido somente nos departamentos de teologia, ou somente por
teólogos. Filósofos, antropólogos, biólogos, sociólogos, psicólogos, também
entraram no debate e a discussão vive na academia, que timidamente abre as
portas para esse debate.
Caiu hoje em minhas
mãos, um livro de dois filósofos: Alvin Platinga e Michael Tooley – um teísta e
um ateu. O titulo do livro, da editora “Vida Nova” é “Conhecimento de Deus”. Este
livro é um debate entre os dois filósofos acerca da possibilidade da crença em
Deus ser epistemicamente justificada. Ou seja, ao longo do livro, os dois filósofos
debatem, a partir de argumentos epistemológicos, se é possível justificar a
crença em Deus. Se Deus pode ser inferido a partir de bases racionais e
argumentos lógicos.
Estou ansioso para
começar a leitura de livro tão profundo, filosoficamente falando. Um livro
maestral que reinaugura e estimula a discussão sobre o tema. Recomendo a
leitura a todos vocês, meus caros amigos. Todos vocês ateus, gnósticos, agnósticos,
céticos, teístas... enfim, todos!
Nenhum comentário:
Postar um comentário