terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

"Tefé e o Turismo", ou "Turismo e Tefé"?



Na edição de Fevereiro do Jornal mensal O Solimões, foi publicado um artigo que muito me chamou atenção, é um texto sem assinatura e com uma visão muito romântica sobre o turismo em Tefé. Tive a impressão de que o texto foi feito por alguém da área de turismo, pois possui termos muito técnicos da nossa profissão e é inevitável notar uma indireta bem direta feita.
O texto é narrado em primeira pessoa, o que me dá mais curiosidade pra saber quem escreveu, e começa com palavras doces e elogiosas sobre Tefé, cita o potencial turístico, cita também o fluxo turístico desenvolvido pela Reserva Mamirauá, e até fala dos novos cursos que instituições locais estão disponibilizando. Outra coisa importante, citada também, foi da criação da secretaria municipal de turismo e das perseguições por ela enfrentada desde o seu principio, afinal de contas esse é o cunho principal da matéria. “Turismo visto por políticos sem visão – desabafo de um tefeense” é o titulo da matéria, logico que compartilho da indignação, como estudante da área, vejo o descaso com nosso segmento. A criação da secretaria e a reativação do Conselho Municipal de Turismo é um passo inicial para o desenvolvimento da atividade... mas é obvio que ainda tem muito a ser feito e que tenhamos paciência também.
Sobre a matéria, recebi um e-mail do Secretário Municipal de Turismo, Comércio & Indústria, Christophan Mota.



Olá Lucas, tudo bem?


Bem,o fato de alguém saber tanto dos altos e baixos da secretaria de turismo assim como nos integrantes dela sabemos, como nossas ações e problemas eram visíveis pelo fato de ter um conselho municipal de turismo, não era de se estranhar, certamente, alguém que por ventura
conhece toda a história da secretaria, e sabe da necessidade do tema turismo andar na cidade de Tefé, e claro, é uma decepção muito grande saber que autoridades do poder legislativo pensam de uma forma bem diferente sobre o potencial econômico do turismo para Tefé.



Hoje Lucas, esses problemas já estão sendo sanados, o novo prefeito de Tefé, começou a readequar a secretaria, colocou uma subsecretaria, e mais 02 funcionarias concursadas da prefeitura de Tefé, hoje somos uma equipe de 05  pessoas, com planejamento de chegar ser uma equipe de 10 pessoas, fora a equipe de estagiários, assim para esse ano de 2015 vamos ampliar nossas ações, e atingir aos pontos que de fato condiz ao desenvolvimento do turismo em Tefé.  Estamos conseguindo superar tais problemas graças a sensibilização dos novos gestores da cidade, o prefeito Jucimar Veloso e a vice prefeita Gean Celani.



Em 2015 vamos atuar no turismo pedagógico, os jovens e as crianças precisam sabe da história do lugar onde eles moram, e isso vamos fazer através do turismo pedagógico. Vamos fazer as devidas capacitações no trade turístico ( hotéis, transportes, bares e restaurantes) Vamos implementar o 1º Centro de Atendimento ao Turismo, o CAT que será nas dependências do novo aeroporto de Tefé.
Vamos sediar o 5º Encontro de Turismo Comunitário na Amazônia, nesse evento temos uma expectativa de receber 300 visitantes, certamente um numero bastante expressivo para uma cidade que esta começando a se estruturar para o turismo. Vamos promover Tefé no Salão Amazonense de Turismo que será em Junho em Manaus, e vamos participar de mais uma edição da Feira das Américas, realizado pela ABAV e pelo Ministério de Turismo, em São Paulo , em Setembro.



No mais é isso, qualquer novidade te mantenho informado.



Atenciosamente"

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Tefé em meio à escuridão: o que fazer? - Artigo de opinião do ano de 2012

Olá, universo!
As faltas de energia no município de Tefé já foram alvo de reclamações, provocaram prejuízos e renderam textos.
Esse foi o meu, escrito em 2012, no meu terceiro ano do ensino médio. Quando participei de uma olimpíada de Língua Portuguesa pela escola GM3.
Embora tenham se passado três anos, acredito que o texto ainda é válido, nem que seja para relembrar tempos passados. Boa leitura!




Tefé em meio à escuridão: o que fazer?
            No Brasil em pleno século XXI, embora existam programas como “Luz para todos”, eu e uma grande parcela da população do município de Tefé, com 61 mil habitantes em uma área de aproximadamente 23.705 Km2, no estado do Amazonas, convivemos com o racionamento de energia elétrica que atinge todas as camadas de população.
            A energia elétrica no município de Tefé é fornecida pela empresa Amazonas energia e os blecautes ocorrem com frequência, na maioria das vezes durando duas horas, ocorrendo mais de uma vez ao dia.
            No panorama nacional, vale lembrar o blecaute em São Paulo, em julho de 2011 e o apagão que durou quatro horas em Manaus, em março de 2012. Ambas obtiveram repercussão por conta dos prejuízos socioeconômicos ocasionados pela falta de energia elétrica.
            O problema enfrentado pelos tefeenses foi noticiado em rede nacional através de um quadro no Jornal Nacional intitulado “JN no ar”, exibido pela rede Globo, em setembro de 2010. Entretanto, até hoje o problema continua sem solução. Por esse motivo, nas noites de escuridão dispomos de velas, lanternas, luzes de celulares e quaisquer outros aparatos que possam iluminar nossos lares.
            Vale ainda citar as escolas e locais de trabalho com funcionamento noturno que, por não possuírem geradores de emergência, veem-se expostos ao perigo de vandalismo e acidentes, uma vez que a iluminação é insuficiente.
            
              Quando a falta de energia ocorre durante o dia, o principal problema é o calor, pois em nosso estado a temperatura é elevada, interferindo na produtividade humana, sem contar a constante necessidade do uso de computadores, atrasando inúmeros trabalhos.
            Segundo um representante da Empresa Amazonas Energia no município de Tefé há quase trinta anos os geradores têm capacidade de suprir a demanda do município, porém isso não é suficiente para evitar os apagões. Ainda, segundo ele, “Os racionamentos ocorrem quando há uma diminuição da capacidade de geração por um defeito mecânico, elétrico ou de qualquer outra natureza dentro da usina e então a mesma tem sua capacidade subtraída. O racionamento nada mais é que uma forma de equilibrar a capacidade de consumo. Por exemplo, se houver problema em uma máquina de 2000 KW na usina, vamos ter que retirar 2000 KW da demanda para poder equilibrar de novo”.
            Inúmeros habitantes vêm tendo prejuízos com a falta de energia. Não é rara a queima de eletroeletrônicos em função de cortes de funcionamento de energia repentinos, sem contar os comerciantes de frios e congelados que perdem mercadorias com a falta de refrigeração. Quanto ao aviso prévio desses cortes, o representante declara que “A ocorrência do racionamento não tem como ser avisada, porque decorre de um fato não programado, apenas quando notamos o problema em uma máquina e vemos que sua reposição será demorada é que podemos divulgar uma programação”.

            
           A principal ofensa sofrida por nós é que pagamos nossas contas todos os meses e mesmo assim as falhas no serviço são frequentes. Embora essas empresas sejam amparadas por lei quanto à possibilidade de haver apagões inesperados, acredito que seria viável a tomada de atitudes para que problemas como este ocorram com menos frequência.
            Penso que além dos problemas nos geradores, o comodismo da população também contribui para que o problema dos constantes racionamentos de energia elétrica não tenha solução a curto prazo. Em vez de nós, os mais prejudicados, apenas sairmos para comprar velas nas noites de escuridão, deveríamos lutar pelos nossos direitos, reivindicando melhoras na prestação de serviços à população tefeense. Mas enquanto tal atitude não for tomada, continuaremos com alimentos sendo estragados, equipamentos correndo o risco de serem danificados, noites mal dormidas e a conta de energia elétrica sendo paga todos os meses.

Escrito em 01/09/2012

Kétlen Salvino Dávila

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Até mais, universo, e obrigada pela visita!



domingo, 8 de fevereiro de 2015

UM BRINDE AO AMOR!

                                                                     
                                             


Dedicado à Kethely, meu amor, minha namorada e meu pilar!

Começo esta crônica indagando: há coisa mais deliciosa na vida do que viver um amor bobo? Sim, bobo, mulher! Mas não o bobo comum, aquele que se confunde com o idiota, medíocre. Falo do bobo descrito pela Clarice em suas crônicas, aquele que não vive infectado pela esperteza dos espertos. Aquele que consegue observar e vivenciar as maravilhas do mundo. Garanto a você – não há nada melhor do que viver um amor bobo!!!
Todos aqui já passamos pela fase da adolescência – falo com a galera da década de 1990 e com os mais maduros do século XXI. Todos nos lembramos do “primeiro amor”, justamente aquele bobo. Sei, você lembrou e está sorrindo. Lembrando justamente desse amor bobo da adolescência. Não faz mal lembrar, não é pecado; não se preocupe, sua esposa também já passou por isso. Calma, não fique com ciúme: é a realidade. Olha, você fez eu perder o fio da meada. Deixa-me retomar meu pensamento.
Você com toda certeza já experimentou esse amor bobo. Lembra na escola, quando havia o clube do Bolinha e o clube da Luluzinha? Lembra que você dizia achar meninas nojentas, mas que der repente você se vê enfeitiçado por ela? (Isso serve para as mulheres também). Pois bem, com certeza você se lembrará de que se aproximou timidamente, com conversas bobas, talvez por intermédio de um amigo, conquistou sua confiança e se tornou seu amigo. Vocês viviam se batendo, se beliscando, xingando um ao outro, mas não se desgrudavam. Ao contrário: queriam sempre estar perto um do outro, por mais que os beliscões doessem, ou, que as tapas fossem fortes. Alguém, estranhando a proximidade, alguma vez falou: “Hum! Vocês passam tanto tempo juntos. Acho que estão é namorando.” Ao que você, por ter sido pego de surpresa, pior, por estar diante dela, disse: “Corta! Sai fora!” Contudo, no fundo, só você sabia que a pessoa que proferiu tal enunciado estava certa. Que ela abriu portas, com sua afirmação.
Você começa a olhar a pessoa com outro olhar. A vontade de ficar ao lado dela aumenta. Você começa a ficar cada vez mais embaraçado, quando está diante dela. Até que um dia, de maneira (in)esperada, vocês acabam partilhando o que sentem um pelo outro. Vocês tocam as mãos (agora com outro toque – mais carinhoso); vocês olham para o fundo da alma do amado e, muito timidamente, experimentam o primeiro beijo. Sensação surreal! Você corre pra casa, todo bobo, com um sorriso de orelha a orelha, chega em seu quarto e começa a pensar em tudo que aconteceu. Pensa: “É ela!” não pensa noutra coisa, a não ser nela. Não ouve outra coisa, a não ser a voz dela. Não vive outra coisa, a não ser em função dela. Ela se torna seu mundo, seu Deus, sua alma e seu próprio Eu.
Um amor puro, mas que é esquecido por causa da adultice. (E daí se gosto de criar neologismos!). Os relacionamentos começam a ser sérios, começam a seguir outro ritmo – um ritmo mais adulto: você se “compromete”, conhece os pais, tem que arranjar emprego, é forçado a ser mais sério; adeus brincadeiras, adeus bons xingamentos, adeus velhas implicâncias, adeus beliscões, adeus amor bobo!
Creio que esse amor, o bobo, é o amor autêntico e o mais gostoso de vivenciar. Ele, durante a adolescência, é apenas um ensaio, pra mais tarde, caso você tenha a sorte de vivenciá-lo outra vez, de maneira mais madura, possa experimentar a mais doce de todas as suavidades da vida. Muitas pessoas, inclusive, quando encontram essa pessoa, com que experimentam o amor bobo, fazem laços para a vida inteira. Ele é a centelha do eterno: imagem do perfeito!
Sem mais delongas, leitor e leitora amigos, encontrei esse amor e estou experimentando/vivenciando esse amor bobo. Sim, meus amigos, seu cronista está namorando! Quem é ela? Bem, ela se chama Kethely. Mas já a rebatizei de Amor. Ela tem dezoito anos. Possui olhos castanhos e olhar penetrante. Infelizmente é mais alta que eu (rs) – o que não nos atrapalha, por incrível que pareça. Possui uma longa cabeleira negra, corpo esguio, pele branca, voz suave e divinal. Ela é a personificação da beleza. Sei, escrevi vários adjetivos, lhe dei várias características, mas não lhe respondi quem ela é. O fato é que estamos nos descobrindo. Contudo, chato, insistente, te respondo: ela é minha amada! Quase me esqueço: ela ama malinar de mim. E de uma maneira meio sádica – coisas de quem ama – eu adoro ser malinado por ela. Ah sim, implicamos muito um com o outro também.
O fato é: este jovem poeta, escritor e agora cronista, vive seu momento de paz e quietude. Está feliz por, enfim, encontrar sua musa. Lendo Vinicius de Moraes, suas crônicas, uma com o titulo “Amor por entre o verde”, encontrei a seguinte citação, que, apesar de ser dele, agora é minhas:

“É ela, Deus do céu, é ela! Como a encontrei, não sei. Como chegou até aqui, não vi. Mas é ela, eu sei que é ela porque há um rastro de luz quando ela passa; e quando ela me abre os braços, eu me crucifico neles banhado em lágrimas de ternura; e sei que mataria friamente quem quer que lhe causasse dano; e gostaria que morrêssemos juntos e fôssemos enterrados de mãos dadas, e nossos olhos indecomponíveis ficassem para sempre abertos mirando muito além das estrelas.”

Sim, é ela, caro leitor, é com ela que experimentarei a mais doce de todas as doçuras de minha vida. É com ela que quero partilhar meus dias, sofrimentos, alegrias, poesias. É a ela que quero amar e é por ela que quero ser amado. Sim, é ela! É ela quem me faz ficar bobo; é por ela que suspiro; é ela quem domina e governa meus pensamentos e é pra ela que escrevo esta crônica. Para ela, minha amada, Kethely Acipar!