quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

A educação de casa

Créditos na imagem


Já fazia um tempo que os pais de Anderson vinham notando mudanças no comportamento do filho. Mas, na última semana a situação se intensificou. Roberto e Daiana sabiam que aquilo não deveria ser um problema de um garoto de 15 anos. Tentaram abordar a situação da forma mais natural possível. Foi Daiana quem tentou primeiro.

- Filho, como estão as coisas? – Indagou. O garoto estivera no celular o dia todo.
- Tudo bem, mãe. – Respondeu sem fazer caso e voltou a prestar atenção no celular.

Mais tarde foi Roberto quem tentou lidar com a situação.

- Anderson, tem alguma coisa errada? – Perguntou com ar grave.
- Está tudo bem, pai. O que deu em você e na mamãe? – Respondeu já irritando-se e travando a tela do celular ao menor olhar que Roberto jogou à tela.

À noite, o casal não teve outro assunto antes de dormir. O que estaria acontecendo com o jovem Anderson?

- Ele tem tido um comportamento muito esquisito, Roberto! E o pior: ele não desgruda daquele celular. Tenho medo. Com quem ele tanto conversa? Ou o que tanto ele vê? – Com seu pijama lilás, Daiana mirava o esposo preocupada, procurando resposta.
- Garotos dessa idade, Dai. Às vezes acabam seguindo certos caminhos tortuosos. – Disse de olhos baixos, tentava não aumentar a preocupação da mulher.
- Você teve esse tipo de problema? – Ela levantou as sobrancelhas ao inquirir-lhe.
- Não, não. Mas muitos amigos meus tiveram. Não é algo raro entre os jovens de hoje. Lembre-se do que já havíamos conversado: praticamente todo jovem comete algum grande erro na adolescência. Talvez este seja o erro do nosso filho...
- Não! – Soluçou a mulher e foi acolhida pelo marido. Quando conseguiu continuar foi com a voz entrecortada. – Eu não posso acreditar que o meu menino... Roberto, você ensinou tudo o quanto era coisa de homem a ele... Como... Como ele pode ser isso?
- Vamos ter que intervir, mulher. Ou esse menino vai nos trazer incontáveis desgostos. Se o meu pai descobre isso...

Parou no meio da frase quando teve uma ideia. Lembrou-se de sua própria rede social há muito esquecida e, ligando o computador, pesquisou o perfil de Anderson. Ali estavam todas as provas necessárias para confirmar a suspeita: fotos, textos e comentários em publicações de amigos.

- Que vergonha, Roberto! E ele expõe assim... Qualquer um no mundo poderia ver. Quem da nossa família pode ter visto isso?
- O seu irmão Patrício, Daiana. – Disse Roberto enquanto lia um comentário do tio de Anderson em sua publicação.
- E ele não nos comunicou nada? O que ele está pensando? – Mas, ao ler o comentário de Patrício, Daiana suspirou novamente em desgosto. – Ele apoia o nosso filho nesse absurdo, Roberto! É claro que ele não nos diria nada.

Após alguns minutos de reflexão, Roberto desligou o computador e pegou o telefone. Apesar de ser mais de dez da noite discou o número de uma psicóloga conhecida e marcou uma hora para o dia seguinte, logo de manhã.

- E o seu trabalho? E a escola do Anderson? – Prática, a mulher viu logo problema em faltar com as responsabilidades.
- Daiana, pelo amor de Deus. Se ele realmente for essa aberração, nós precisamos cuidar disso o mais rápido possível.
- Não se refira ao nosso filho nesses termos! – Exaltou-se a mulher. – Eu tinha uma cliente amanhã, mas remarcarei. Estarei com vocês.
- Como preferir. Agora, precisamos dormir.

A noite correu inquieta para Daiana e Roberto, de tão preocupados que estavam em relação ao filho. Claro, já tinham ouvido falar de psicólogos que poderiam ajudar nisso. E era exatamente isso que buscariam. Percorreriam todos os psiquiatras do Brasil se necessário, mas a cura viria para o filho. E quanto a Patrício, Daiana estava decidida a ter uma conversa muito séria com o irmão assim que possível: como ele poderia apoiar Anderson em tal depravação?

Pela manhã, Anderson reuniu-se aos pais para o café-da-manhã com o celular na mão. Roberto e Daiana se entreolharam e foi o pai quem tomou a iniciativa primeiro.

- Filho, você vai faltar a escola hoje. Marcamos uma consulta com a psicóloga.
Anderson pareceu não entender.
- Mas, tem algo errado?
- Filho... – Começou Daiana, e buscou apoio no olhar no marido. – Sabemos o que você é. Ou melhor, o que pensa ser!
- Mas nós estamos aqui para ajudar você, filho – continuou o pai. – Você não nasceu assim e não vamos te perder para algo tão baixo.
- Nós vimos o que você tem postado nas redes sociais, filho. – Anunciou Daiana.

O menino ficou branco como uma folha de papel. Não esperava por aquilo. Conhecia os pais. Era a última coisa que desejava que descobrissem. Achou que estava a salvo compartilhando seus íntimos pensamentos com os amigos, mas agora sentia-se despido.

- Eu... – Gaguejou o garoto. – Não queria que soubessem disso. Mas, é verdade. Tudo aquilo é verdade... Eu...
- Não diga mais nada, Anderson! – Interrompeu o pai. – Não criei filho para isso! Nós vamos dar o jeito nisso e você vai ser um garoto normal.

Não ousando dizer mais nada, Anderson acompanhou os pais até a psicóloga. Lá chegando, foram prontamente atendidos.

- Meu nome é Minerva. Há algo que eu possa fazer por vocês? – Foi uma das primeiras coisas que a psicóloga indagou ao ver os olhos preocupados dos pais e a expressão assustada do filho.

- Sim. É com o nosso filho. – Começou Roberto, procurando apoio no olhar de Daiana. – Nosso filho é homofóbico, Minerva.


Este texto faz parte da série CONECTAR E VIVER, de K. S. Dávila. Mais será publicado em breve neste blog.

domingo, 14 de janeiro de 2018

ANJOS DA ESPERANÇA DE TEFÉ: Ação social com aprendizado para a vida!


Eita ano novo, Janeiro ainda é tempo de fazer aquelas metas e planejamentos para o ano que acabou de nascer, e que tal nesse planejamento você incluir colaborar em um projeto social lindo que está crescendo e ajudando as crianças da cidade de Tefé?
Para te animar vou contar um pouco sobre os Anjos da Esperança de Tefé, um grupo solidário que eu participo com meus amigos e familiares e temos muito orgulho. CONFIRA!


INFORMAÇÕES SOBRE O PROJETO


Criado em Agosto de 2017, o grupo Anjos da Esperança é um projeto gerido por um coletivo de amigos que conseguiram juntar cerca de 50 voluntários para desenvolver ações sociais para as crianças de Tefé e entornos. Os recursos usados são 100% doações feitas por pessoas de Tefé e até de outras cidades que se sensibilizam e colaboram como podem, pois o grupo é uma organização não governamental independente, não possui nenhum vinculo com qualquer outra instituição privada ou pública.

EXPECTATIVAS:


Espera-se promover todos os meses um sopão solidário, também em bairros carentes na cidade de Tefé, além é claro de realizar ações maiores em datas comemorativas e especiais para as crianças, como o Natal. Tende-se a desenvolver ações sociais também em comunidades ribeirinhas, mas será a longo prazo, é necessário mais estudo, organização e mais parcerias.

COMO AJUDAR:


Toda e qualquer ajuda/doação é bem vinda, desde quantia em dinheiro, peças de roupas, calçados e brinquedos, até o tempo como voluntário no planejamento e na realização das atividades. Basta procurar um dos coordenadores e acompanhar as atividades do grupo.

PRIMEIRA AÇÃO, DIA DAS CRIANÇAS


Dia de realização: 12 de outubro (dia das Crianças), primeira ação do grupo Anjos da Esperança.

A Comunidade Vila Nova, cidade de Tefé, foi escolhida após uma analise feita pelas assistentes sociais do projeto Anjos da Esperança, o resultado demonstrou um número considerável de crianças em área de vulnerabilidade.

ⒸHilkieneALVES


As atividades feitas neste dia foram: Distribuição de sopa e lanches para mais de 1.000 pessoas, doação de 600 brinquedos, cortes de cabelo, leitura de livros e momento de lazer (brincadeiras) com todas as crianças presentes. No levantamento feito 1 semana antes na comunidade, calculou-se cerca de 260 crianças, mas no dia do evento haviam muito mais, pois as crianças dos bairros vizinhos estavam presentes e também foram atendidos pelo projeto.

ⒸLucasRAMOS
 “A sensação de todos do grupo é FELICIDADE, estamos muito contentes com o evento, todas as metas que passamos meses planejando para atender aquelas pessoas foram alcançadas. Ficamos imaginando como seria aquele dia para as crianças se não estivéssemos lá, mas um dia comum, certamente. Mas assumimos o compromisso e estávamos lá desde cedo, falando com os moradores, organizando a estrutura que nos foi doado, nos preparando para o que durante a tarde seria a estreia do nosso projeto. Mas tudo isso foi apenas detalhe na frente da felicidade das crianças que estavam ansiosas para as atividades começarem, então depois das 14 horas percebemos que eles estavam com ouvidos atentos para as leituras que foram feitas, contentes com as brincadeiras dos nossos palhaços voluntários, sentido se vaidosos com os cortes de cabelo que lhes foram dados, satisfeitos com os lanches distribuído e empolgados com a deliciosa sopa, e não conseguimos nem descrever a sensação deles ao receber os brinquedos também. Saímos da comunidade Vila Nova nos sentindo mais humanos, mais irmãos, pois sabemos que por algumas horas demos para aquelas crianças e moradores um momento diferente do cotidiano deles, um momento de prazer, de atenção, de mais dignidade. Gostaríamos de poder transmitir a todos os que doaram  para nossa ação os agradecimentos que nos foram falados pelos moradores do bairro, os sorrisos das crianças e aqueles olhares de gratidão, mas depositamos tudo isso em um “muito obrigado”.

Lucas Ramos, 22, Anjo da Esperança.

segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

7 METAS PARA 2018


Olá, leitores!
A partir de agora começa mais uma temporada de enormes desafios na vida de muitos de vocês. - Inclusive na minha. Mas, eu acredito no potencial de cada dos meus leitores, por isso, digo: "Tenham Fé, Determinação e muita vontade de Vencer diante de todos os desafios que neste ano surgirem em suas vidas".
Esta série de sete posts, vai demorar um tempo para a elaboração de cada uma. Mas, não se preocupem, todas as postagens não passaram de janeiro, até porquê vocês precisam se organizar e se preparar para a maratona de vocês também, não é mesmo?! Neste momento, eu quero apenas citar cada meta para que vocês tenham em mente uma breve noção de como será. Vou apenas listá-las, em breve é que vou expandir cada uma dela para todos.
Para 2018, criei algumas metas para o blog e para compartilhar com você:
METAS PARA O BLOG 
META 1: Escrever assiduamente para o Blog UNIVERSO URBANO - se possível todos os dias (DESAFIO I);
META 2: Fazer pelo menos duas resenhas por mês (DESAFIO II);
METAS PARA A CARREIRA
META 3: Terminar um Curso de Saúde;
META 4: Passar em Medicina (DESAFIO III e o mais importante nesta maratona de desafios e metas);
META 5: Registrar meu DRT;
META 6: Fazer uma oficina de comunicação;
META 7: Apresentar um programa de TV;



Essas são as metas. Mas, quero compartilhar tudo isso com vocês, além de atividades acerca de meu cotidiano, como forma de lhe atualizar em relação aos meus trabalhos e também o que pode lhes interessar acerca de qualquer atividade DIÁRIA.
Eu, Augusto, particularmente este ano terei um ano bastante cheio, ou seja, - parece que tudo o que não fiz no ano passado veio com todas as forças pra cima de mim neste ano. Porém, farei um esforço tremendo pra compartilhar coisas saudáveis, edificantes e que possam desenvolver aspectos peculiares de cada um  que acompanha nosso blog.
Quero aproveitar, para agradecer ao Lucas - Esse sim é fera. Ele depositou sua enorme confiança em meu trabalho. Não sou lá essas coisas que Ele diz que eu sou. Mas farei o possível e até o impossível para lhes manter informado do que acontece na cidade e região, e de certa forma não lhes decepcionar com os comentários ou posts futuros.
Sem mais delongas, encerro este post com as considerações de que em breve vou falar para vocês sobre a minha primeira meta para 2018: "ESCREVER ASSIDUAMENTE PARA O BLOG".

Aqui vai um abraço de 30 segundos do seu amigo de sempre: Augusto Jr